quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SAAE - Seus enrolados!!

 


Depois de visitar os bairros era necessário levar todos os questionamentos que levantamos para o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). Depois de e-mails não respondidos, resolvemos ligar para o escritório do departamento. Duas ligações e marcamos um dia para conversar com a estagiária. Seria na quinta-feira, dia 25/10, às 15 horas.
Um calor de 30° insuportável e uma dúvida: onde fica o escritório mesmo? Sim, não fazíamos ideia a sua localização. Além de Carolina e eu, integrantes de outros grupos nos acompanhavam. Um dos integrantes sabia onde ficava a Academia que servia de referencia.
        Começamos a andar e o suor começou a aparecer no rosto de cada um. Chegamos na Academia, mas depois não sabíamos qual rumo seguir. Perguntamos as pessoas que ali passavam e nenhuma delas soube informar o local correto. Finalmente, uma ligação de uma pessoa do outro grupo nos direcionou para o caminho certo.

Parte da subida que enfrentamos para chegar ao escritório do SAAE. FOTO: Carolina Brito

           Neste momento todos estavam muito cansados. Até que descobrimos que o escritório ficava em uma subida íngreme. Para subir era três passos e uma parada para descanso. Finalmente, avistamos o letreiro “SAAE”. Alívio Geral. Entramos e fomos logo pedindo água. Todos aceitaram um copo.
 A recepcionista ficou assustada, pois não sabia o que estávamos fazendo ali. Depois de questionamentos, foi para outra sala. Voltou e nos trouxe a má notícia. “Olha, a estagiária que atenderia vocês, infelizmente não está. Houve um imprevisto...”. Depois de uma discussão, ela disponibilizou o email e o número da estagiária. 


Fachada do escritório do SAAE - O esforço foi em vão. FOTO: Carolina Brito

Voltamos ao escritório no dia seguinte. A estagiária apenas pegou as questões e ficou de nos responder até na terça, dia 30/10, o que acabou não acontecendo. 

O Centro



Faltava então o Centro da Cidade. Saímos do ICSA em direção à Praça Gomes Freire à procura de fontes. Chegamos lá nos deparamos com várias pessoas. A tarefa seria identificar algum morador da região. Seria difícil. Abordamos dois casais. Estavam ali apenas a passeio.

Praça Minas Gerais foi o cenário para uma das entrevistas no Centro de Mariana. FOTO: Carolina Brito

Finalmente avistamos uma senhora. Moradora há pouco tempo do Centro. Nos contou que mora numa casa pertencente ao Colégio Providência e por isso sua casa recebe água do poço artesiano da escola. “Se eles falarem para a gente sair, temos que obedecê-los”, completa.
Agradecemos a senhora e seguimos para a Praça Minas Gerais. Chegamos lá, encontramos três homens conversando animadamente. Interrompemos a conversa deles e assim que revelamos o assunto de nossa reportagem, um deles foi logo se empolgando. O ex-vereador Luciano Rola é um conhecedor dos problemas marianenses. Além do problema da falta d’água, ele falou da coleta de lixo, uma suposta rede de fraudes na Prefeitura e até a história da cidade relacionada à distribuição de água.

Rua Dom Viçoso ainda possui um sistema de abastecimento do Século 18. Foto: Carolina Brito


Durante a entrevista houve diversas interrupções. Pessoas paravam para cumprimentar o ex-vereador a todo instante. Em um determinado momento, uma turma de crianças chegou à Praça fazendo a maior algazarra atrapalhando parte do áudio da gravação.
 Após o término da entrevista, decidimos então procurar alguns comerciantes para que nos relatassem como o problema da falta d'água os afetam. Fomos primeiramente a um restaurante, onde um dos funcionários nos contou que tiveram de colocar mais caixas d'água porque a situação estava insustentável. " Se ficarmos sem água, temos que fechar e perderemos clientes", concluiu. Já na padaria ao lado, o discurso e a solução foi o mesmo.












Rosário - As subidas inconvenientes


          Seguimos para o Rosário. Entramos no ônibus. Decidimos descer no ponto final. Lembrei-me do local do ponto final e garantia que eu estava certo. Só que não. Descemos próximo à caixa d’água do bairro. Seguimos então por uma rua em subida, Foram cerca de 20 minutos de caminhada. Até que avistamos a escola e também o verdadeiro ponto final. A reação das meninas foi imediata, e fui alvo de várias reclamações. “Como você faz a gente andar isso tudo” falava Carolina em tom de revolta.

Alto do Rosário – O Ponto final ficava próximo aos terrenos particulares invadidos. Ao fundo, a Escola Municipal Dom Luciano Mendes de Almeida. FOTO: Carolina Brito.

           Resolvemos entrar na área invadida para tentar avistar algum morador. Abordamos uma senhora. Muito simpática, respondeu todas as perguntas. Nos despedimos e vimos que estávamos perdidos. Andamos e nos deparamos com um morro. Começamos a subir e vimos que ele possuía uma particularidade. Várias pedras soltas dificultavam a caminhada.    
Alto do Rosário - Subida íngreme 
não foi problema para que conseguíssemos nossas fontes. FOTO: Carolina Brito

         As meninas tinham dificuldades em subir. Várias vezes tive que ajudá-las. A rua era de terra, sem nenhum calçamento. A chuva do dia anterior trouxe os entulhos, que estavam dificultando a passagem.

Bairro Cabanas – Que povo simpático!!


          Quando chegamos ao Bairro Cabanas não sabíamos que rumo seguir. Nenhum de nós conhecia o bairro. Descemos do ônibus em um ponto em que julgamos ser o correto. Então, começamos a descer. “Temos que encontrar moradores”, falava Helén.  Andamos por 10 minutos.
          Um senhor subia o morro. “Vai lá, Israel, pergunta se ele mora aqui”. Carolina nem mesmo terminou a fala e ela mesma foi até o senhor. Ele não era do bairro.  Descendo mais um pouco, deparamos com uma senhora chegando em sua casa. Muito atenciosa, nos atendeu e ao fim da entrevista, com um sorriso, nos desejou boa sorte no trabalho.
          Entramos em uma outra rua. Alguns moradores lavavam seus carros. Mais na frente, três senhores conversavam animadamente. Quando chegamos e falamos sobre o tema do nosso trabalho, ficaram logo animados. Todos tinham algo a falar.



Cabanas – Muito simpatia de todos com a nossa equipe de reportagem. FOTO: Israel Marinho


          Um deles me levou para sua casa. Queria mostrar uma coisa. “É um absurdo que acontece aqui”. Quando entrei em sua casa, me deparei com seu filho e sua mulher que se assustou com minha presença. Já na área de serviço apontou para uma piscina. “Todo dia pela manhã, meu vizinho enche e no fim do dia esvazia”, reclamava.  Além desta reclamação, criticou bastante o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Mariana e a própria prefeitura, “Eles só atendem quem eles querem”, diziam em tom de revolta. 


Enquanto moradores sofriam com a falta d'água, água jorrava há dias neste bueiro. FOTO: Carolina Brito
      
     Em outra rua do bairro, nos deparamos com uma água que era proveniente de um bueiro que jorrava sem parar (FOTO). Segundo um morador, o bueiro esta lá vazando há vários dias e nenhuma providência foi tomada até então para solução do problema.

   

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vamos lá... Gente, o que a gente vai fazer? Gente, será que tal lugar é longe?


      Era aula de Técnicas de Reportagem e Entrevista do dia 10/10. O Professor Reges tinha proposto adiantarmos algo para a reportagem. Meu grupo se reuniu. Carolina Brito, Hélen Cristina e Israel Marinho começariam ali a discutir o rumo dos trabalhos.
     Enquanto Helen e Carolina discutiam acaloradamente sobre o tema, Israel permanecia calado, nervoso, tenso e com olhava o celular a cada instante. O que tanto o instigava? Acontece que seu time de coração estava em campo no momento e  estava querendo saber se a partida tinha terminado. Quando isso finalmente aconteceu uma forte inspiração de alívio pode ser percebida pelas outras integrantes do Grupo. Israel finalmente tinha acordado!!!
      Agora com todos atentos e focados no tema da reportagem, foi proposto os dias em que visitaríamos os bairros Rosário e Cabanas. decidimos pelo sábado pela manhã. A saga iria enfim iria começar...



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O INÍCIO




   A disciplina de "Técnicas de Reportagem e Entrevista" ministrada pelo professor Reges Schwaab tem como trabalho final uma reportagem sobre os problemas  relacionadas à agua e ao lixo na cidade de Mariana-MG.
   Meu grupo será responsável por mostrar as diferentes realidades da distribuição de água na cidade. Pretendemos mostrar a situação dos bairros centrais e compará-los com as dos bairros mais afastados. Entrevistaremos moradores dos bairros, procuraremos os orgãos competentes para que nos ajudem com o maior número possíveis de informações.
    Enfim, por aqui postarei cada detalhe do processo de montagem da reportagem deste a reunião de pauta até a  sua finalização